Carta Arqueológica
Depois dos registos de campo de Marques da Costa e de outros arqueólogos, durante os finais do séc. XIX e a primeira metade do séc. XX, dos sítios identificados por C. Tavares da Silva e J. Soares nos anos 70-80, o primeiro levantamento sistemático de património arqueológico em território do concelho de Palmela foi levado a cabo em 1985, por Gustavo Marques, na freguesia da Marateca.
A partir de 1989, será o Serviço de Arqueologia da autarquia que assume a prospeção abrangente do território concelhio, com maiores avanços em 2005. Pontualmente, outros arqueólogos, inseridos em equipas de estudos de impacte ambiental ou a título particular, têm também identificado sítios e achados na região. Reconhecendo-se que um trabalho de inventariação e georreferenciação do património arqueológico nunca é um trabalho definitivo, ano após ano as prospeções têm oferecido novidades, revelando áreas de potencial riqueza em termos de vestígios da cultura material, que vão ajudando a definir a Carta Arqueológica do Concelho.
Hoje o património arqueológico assume-se como um recurso fundamental na gestão articulada do ordenamento do território e no desenvolvimento sustentado do concelho, um valor que importa salvaguardar, divulgar e disponibilizar à sociedade, um contributo indispensável para o entendimento da construção da identidade cultural de uma região.