Saia “À Descoberta das Plantas da Serra do Louro”
O Município de Palmela editou um folheto sobre a Serra do Louro e convida-a/o, agora, a realizar um percurso de descoberta da diversidade de espécies de flora existentes nesta área natural.
Com o lançamento deste folheto pedagógico, disponível para consulta e para ser descarregado aqui, a Câmara Municipal de Palmela assinalou o Dia Mundial do Ambiente, celebrado a 5 de junho. Esta publicação contém uma pequena amostra das espécies que se encontram em evidência nesta época do ano, neste local, e que fazem parte do património riquíssimo da Arrábida, cuja flora conta com 1.450 espécies e subespécies e motivou a criação do Parque Natural, em 1976.
Numa altura em que a pandemia da COVID-19 impôs o distanciamento social, as áreas naturais têm sido, desde então, locais de preferência para o lazer e para a prática de exercício físico. A Serra do Louro, pela sua proximidade e acessibilidade, é um dos locais que têm vindo a registar um acréscimo significativo do número de visitantes.
Pode partir à descoberta da Serra do Louro iniciando o percurso na Rua Helena Cardoso, em Palmela. Faça um passeio seguro, seguindo as recomendações das autoridades de saúde, e recorde-se de que está a visitar uma área protegida, pelo que deve respeitar o código de conduta e boas práticas das/os visitantes nas áreas protegidas, que pode ser consultado em www.icnf.pt.
Pandemia aumenta consciência ambiental
A 5 de junho de 1972, chefes de Estado de todo o mundo iniciaram a primeira grande cimeira sobre os (des)equilíbrios entre o Homem e o Ambiente, de que resultou o embrião do conceito de Desenvolvimento Sustentável, que interliga Ambiente, Economia e Sociedade.
Em quase meio século, o Dia Mundial do Ambiente nunca foi comemorado num cenário tão atípico. Devido à pandemia da COVID-19, suspenderam-se deslocações e atividades não essenciais, concentrando-se esforços na contenção e no combate à doença. Em resultado, com uma rapidez surpreendente, o ar tornou-se mais puro, as águas dos rios mais cristalinas e o canto das aves mais audível na maior quietude das ruas.
Esta tem sido também uma fase de redescoberta da comunidade: as/os vizinhas/os e as suas rotinas, o valor da entreajuda, o comércio local sempre à mão, a importância da higiene das ruas e os espaços naturais perto de casa.
Sendo a pandemia da COVID-19 uma das piores catástrofes de saúde pública da história recente, ao mesmo tempo, permite recolher ensinamentos que nos tornam mais resilientes no início de um novo estado normal ou perante a eventualidade de um novo surto:
- É possível e fácil usar sistemas digitais remotos e, assim, reduzir as deslocações (e a poluição), no nosso dia a dia;
- Passear é um exercício que nos faz sentir bem e que é acessível. Parte das deslocações necessárias perto de casa podem ser feitas de modo suave (a pé e de bicicleta, skate ou trotineta);
- O concelho de Palmela é rico em espaços naturais únicos, que vale a pena continuar a explorar e a proteger, desde os parques municipais, às serras e vales do Parque Natural da Arrábida, aos grandes montados, prados e vinhas, às lagoas e sapais da Reserva Natural do Estuário do Sado;
- A higiene e limpeza do espaço onde vivemos é fundamental para o Ambiente, mas também para a saúde. É muito importante acondicionar bem os resíduos e depositá-los no contentor adequado. Isto aplica-se também aos pequenos resíduos produzidos na via pública, com especial atenção para as máscaras e luvas usadas, ou mesmo beatas ou lenços, que podem estar contaminados com o novo Coronavírus;
- Não podemos desperdiçar recursos, porque não sabemos se estarão sempre disponíveis. Assim, é importante reduzir o desperdício alimentar, de água e de energia e comprar menos, mas melhor: bens duráveis, reparáveis e recicláveis;
- A autossuficiência é valiosa e merece o esforço da adaptação, como a produção agrícola local sustentável, a produção de energia de fontes renováveis para autoconsumo ou venda;
- Com uma comunidade local forte, ganhamos todas/os, pelo que devemos continuar a favorecer os mercados, comércio e serviços locais e as redes de partilha de bens e de apoio social;
- Este ano, é ainda mais importante o esforço coletivo de prevenção de fogos rurais, desde a limpeza de terrenos, aos bons comportamentos individuais, em função do risco de incêndio ou alertas dos serviços competentes.