“Todas, a uma só voz” Conheça aqui as suas histórias

Para assinalar o Dia Internacional da Mulher (8 de março), a Câmara Municipal de Palmela lançou a campanha “Todas, a uma só voz” com 10 nomes e 10 histórias, que pretende promover a ação e mobilização em prol de um mundo mais justo, digno e inclusivo.
As 10 mulheres que deram rosto à campanha são testemunhos simbólicos de vidas de resistência e resiliência. São mulheres que estão na linha frente, em áreas como a saúde, educação, apoio social ou cultura, assegurando serviços essenciais no dia-a-dia, tão importantes e tantas vezes esquecidos. São mulheres que teimam em não desistir, que fazem das suas fraquezas forças, são criativas, esforçadas, trabalhadoras e superam-se, num tempo tão difícil e incerto como este.
Estas 10 histórias poderiam ser muitas mais, tantas quantas as mulheres que continuam, todos os dias, a construir futuro. Conheça aqui as suas 10 histórias e veja também, nos canais digitais do Município (Facebook e Instagram Palmela Município).
A iniciativa decorreu no âmbito do trabalho que o Município tem vindo a desenvolver na promoção da igualdade de género e enquadra-se também nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) definidos pelas Nações Unidas.
Saiba mais sobre os ODS aqui.
10 Nomes, 10 Histórias
Ana Mendão
Professora - Escola Básica António Matos Fortuna, Quinta do Anjo
«Ser mulher é ser alguém que procura ser o mais competente possível no que tem para fazer.»
Ana Mendão é Professora e, em tempo de pandemia, adaptar-se às exigências do ensino à distância tem sido um desafio. «Não pertenço a esta geração digital e tenho sentido imensas dificuldades», confessa.
A Professora diz sentir falta «da presença, do contacto e da proximidade» e considera que «estes condicionamentos que estamos a viver são muito constrangedores». «A aprendizagem passa muito pelo aspeto afetivo e a afetividade não acontece à distância, a não ser que já tenha sido muito construída», refere.
Mas Ana Mendão não desanima e continua a dar o seu melhor todos os dias, para que as/os suas/eus alunas/os tenham sucesso.
Cátia Gonçalves
Enfermeira - Unidade de Cuidados na Comunidade de Palmela
«Ser mulher é desempenhar muitos papéis em simultâneo.»
Cátia Gonçalves é Enfermeira, mãe de um rapaz de 11 anos, esposa, filha, neta, irmã e reconhece que «todos estes papéis têm uma grande exigência», sobretudo em altura de pandemia e para quem, como ela, está na linha da frente.
Confessa que tem sido complicado, sobretudo, conciliar o papel de Enfermeira em tempo de COVID-19 com o de mãe. «É difícil chegarmos a casa e não termos um abraço e um beijo para o nosso filho, porque há sempre os medos», conta.
Apesar de tudo, Cátia não baixa os braços. «Gosto de ser mulher, sem dúvida alguma, e acho que somos uma grande força da natureza!», refere.
Esmeralda Cardoso
Auxiliar de Apoio Domiciliário - União Social Sol Crescente da Marateca “Brisa da Marateca”
«Ser mulher é ser uma boa mãe, cuidadora e boa dona de casa.»
Esmeralda Cardoso é Auxiliar de Apoio Domiciliário, uma atividade que não pode parar, independentemente da evolução da pandemia, porque as/os idosas/os apoiados pela União Social Sol Crescente da Marateca “Brisa da Marateca” precisam de si diariamente.
«Gosto muito de fazer o que faço, de trabalhar com os idosos», refere, mas admite que os últimos meses «têm sido um bocado complicados». «Mas quando fazemos as coisas com gosto, ultrapassamos todas as barreiras e conseguimos conciliar tudo», acredita.
Icoana Bodrila
Bombeira nos Bombeiros Voluntários de Palmela
«Ser mulher é uma coisa maravilhosa e ser Bombeira é ainda melhor.»
Desde sempre que Icoana Bodrila quis ser Bombeira, uma área ainda maioritariamente dominada pelos homens. Está na corporação de Palmela há 6 anos, foi lá que tirou o curso e não tem dúvidas de que «é a melhor coisa que podia ter escolhido».
Devido à pandemia, nos últimos meses, tem passado mais tempo nos Bombeiros do que em casa. «Tem sido difícil, mas com esforço e dedicação, chegamos lá. Temos que ter mais cuidado, temos tido mais trabalho, é cansativo. Mas os “obrigados” que ouvimos contam muito e ajudam-nos a seguir em frente», confessa.
Icoana conta também com o importante apoio da família, que «compreende bastante e, nesta altura, ainda mais», refere.
Isabel Pinto
Médica - Unidade de Cuidados na Comunidade de Palmela
«Ser mulher é ter a maior força do mundo, conquistar o que achamos que não é conquistável.»
Para Isabel Pinto, «não há palavras para descrever o que é estar na linha da frente» em tempo de COVID-19.
Para além do trabalho como Médica, integra também a direção do ACES - Agrupamento de Centros de Saúde Arrábida e isso significa que, no último ano, «não houve um intervalo, um fim de semana, um dia de férias ou uma noite descansada», conta. Conciliar a vertente profissional com a familiar tem sido um grande desafio. Por ser «uma pessoa muito afetuosa», confessa que, neste momento, também já sente «falta de dar e receber mimo».
Por mais cansada que se possa sentir, diz que, nesta altura, não se consegue imaginar a fazer outra coisa a não ser estar na linha da frente.
Iza da Costa
Artista - Movimento Associativo do Concelho de Palmela
«Ser mulher é ser inspiração, ser guerreira, dar sempre a volta e nunca desistir.»
Atitude é uma palavra que define bem Iza da Costa e, por isso, desenvolve um valioso trabalho na Associação Inspira Atitude, que procura, através da dança e das artes performativas, intervir ao nível de problemas como o bullying, o autismo ou a obesidade infantil.
A pandemia afetou também a Associação, impedindo, neste momento, a realização de atividades presenciais, tão importantes quando se trabalha com crianças e famílias.
Mas isso não abalou a vontade de Iza de continuar a dar o seu melhor. «Temos reunido forças e continuado com as atividades online. Os pais das crianças têm-nos apoiado muito», conta.
Manuela Fernandes
Encarregada - Área dos Jardins, Câmara Municipal de Palmela
«Ser mulher é ser uma grande lutadora e conseguir todos os seus objetivos na vida.»
Manuela Fernandes coordena uma equipa de 12 pessoas, responsável por manter os espaços verdes de Palmela sempre cuidados. É um trabalho que, independentemente da evolução da pandemia, tem sempre que ser feito no terreno, presencialmente. Confessa que, nos últimos tempos, «tem sido muito difícil» mas, felizmente, tem corrido tudo bem.
Para além do trabalho no Município, ainda encontra tempo para se dedicar à agricultura e vende no mercado aquilo que produz.
Olhando para trás, já tem uma longa história para contar: ajudou a criar os irmãos mais novos, criou os filhos e ajuda a cuidar dos netos. «Tudo aquilo em que penso e que quero, consigo, porque tenho lutado muito», diz.
Manuela Moreno
Auxiliar de Ação Educativa - Escola Básica Alberto Valente, Pinhal Novo
«Ser mulher é ser mãe, dona de casa, ter uma vida profissional e acompanhar os filhos.»
Manuela Moreno, Auxiliar de Ação Educativa, viu a sua rotina diária bastante alterada com a pandemia. «Quando os meninos estavam na escola, o trabalho era a dobrar, tínhamos que ter muito mais cuidado, fazer a desinfeção dos espaços, é tudo muito diferente», descreve.
Mas, trabalhando com crianças, não poder manifestar afeto como antes tem sido a parte mais complicada. «Eles gostam de miminhos e não lhes podíamos dar beijos nem abraços, tinha que ser um mimo diferente», lembra.
O amor ao que faz fala sempre mais alto e Manuela espera agora pela reabertura das escolas para poder voltar a ver os seus meninos.
Maria João Camolas
Enóloga - Comissão Vitivinícola Regional da Península de Setúbal
«Ser mulher é ser mãe, resiliente, lutadora, é cuidar com amor e alma, é dar voz aos que não têm voz.»
Maria João Camolas tem conseguido vingar num setor onde os homens ainda estão em maioria, o dos vinhos. Na Comissão Vitivinícola Regional da Península de Setúbal, é responsável pela certificação e controlo de qualidade dos vinhos da região.
É mãe de dois rapazes, de 8 e 11 anos, e tem estado sempre ligada ao Movimento Associativo local. O apoio da família é a chave para conciliar todos estes papéis. «Só sendo felizes no que fazemos também a nível profissional podemos fazer feliz uma família. É esse mote que partilhamos em casa. Somos super mulheres, sentimos o apelo de participar e ajudar a comunidade, mas tem de ser partilhado com a família, de outra forma não seria possível», considera.
Sofia Carromeu
Estudante de Design Gráfico - Lisbon School of Design
«Ser mulher é, acima de tudo, ser cada vez mais, e felizmente, dona de si.»
Sofia Carromeu concilia os estudos de Design Gráfico na Lisbon School of Design (agora à distância) com a participação na Associação Juvenil Odisseia, onde continua a lutar por manter viva a cultura em tempo de pandemia.
A Associação desenvolve atividades culturais para a comunidade jovem de Pinhal Novo. Nos últimos meses, reconhece que «tem sido um pouco mais difícil realizar as atividades normais» e, por isso, têm procurado dinamizar as atividades de outra forma, optando mais pelo formato digital. Tudo para que a cultura continue a fazer parte da vida desta comunidade e funcione também como uma ajuda para superar toda esta situação!
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