Coreto da SFUA - Sociedade Filarmónica União Agrícola de Pinhal Novo
A Sociedade Filarmónica União Agrícola (S.F.U.A.) foi fundada em 6 de dezembro de 1896, e a história inicial é mal conhecida por se ter perdido documentação.
Terão sido fundadores da Sociedade, com intenção de se dedicarem à atividade musical, Augusto Nogueira Faria, Luiz N. Faria, João Martins Mortal, José Martins Mortal, Manuel Domingos Margarido e João do Restaurante.
A Banda Filarmónica teve, como primeiro regente, o músico de Palmela Henrique Isidoro da Costa.
A primeira pedra, para o coreto, foi lançada a 10 de outubro de 1926, com projeto da autoria de Januário Melícias Corrêa.
De formato octogonal, o coreto assenta numa plataforma de pedra lioz (calcário), com as faces almofadadas em mármore e acesso por uma escadaria dupla, cujo patamar apresenta na frente, gravada, a data inaugural «19-6-927». A protecção da escada e do recinto é feita por um gradeamento de ferro forjado que, no remate da escada, apresenta uma lira também em ferro.
Nos ângulos da plataforma, a estrutura é completada por oito colunas de ferro fundido, sobre as quais assenta a cobertura em forma de chapéu arqueado, rematada por uma grelha de ferro fundido com motivos neogóticos, e termina num vértice decorado com enrolamentos de ferro forjado.
A inauguração ocorreu na altura dos Santos Populares e mobilizou várias entidades e personalidades locais e da região. O imóvel foi apadrinhado pela Sociedade União Setubalense – sendo maestro Ariovisto José Valério -, e fez-se neste contexto uma das primeiras experiências de luz elétrica no concelho de Palmela, facto que suscitou grande curiosidade. Oficialmente, só se inaugurou a iluminação pública elétrica em Pinhal Novo em 1938.
Bibliografia:
CEBOLA, José Manuel in http://aquipinhalnovo.blogspot.com/p/o-coreto_25.html
SERRÃO, Vítor e MECO; José (2007). Palmela Histórico-Artística. Um inventário do Património concelhio, Palmela/Lisboa: C.M.Palmela/Ed. Colibri