Património Arqueológico
A riqueza arqueológica do concelho de Palmela começou a ser divulgada e estudada desde finais do séc. XIX, através das escavações do Monumento das Grutas da Quinta do Anjo, que pela sua importância suscitará diversos estudos e internacionalizará Palmela em termos arqueológicos.
A sistematização de pesquisas arqueológicas de campo no concelho de Palmela ganha expressão, a partir de 1985, com o Levantamento do Património Arqueológico da Freguesia da Marateca, realizado pelo arqueólogo Gustavo Marques.
Posteriormente, a investigação arqueológica adquiriu um caráter sistemático com as iniciativas do Serviço de Arqueologia da Câmara Municipal de Palmela e também do Museu de Arqueologia e Etnografia do Distrito de Setúbal, iniciando-se em 1987, os trabalhos na Quinta da Cerca (Palmela), ao que se seguiram outros no Camarral (Volta da Pedra), na R. de Nenhures (Palmela), no sítio romano do Zambujalinho (Marateca), no Castelo, no Alto da Queimada (Serra do Louro), em Chibanes (Serra do Louro) e em diversos espaços do centro histórico de Palmela.
Efetivamente é desde 1996, que a Câmara Municipal dispõe de um Serviço de Arqueologia, integrado na Divisão de Bibliotecas e Património Cultural (Departamento de Cultura, Desporto e Juventude) que realiza o levantamento, a investigação e estudo sistemático do vasto património arqueológico do concelho que desde cedo (2ª metade do séc. XIX) despertou interesse em investigadores de diversas áreas e nacionalidades, como por exemplo os que se dedicaram à investigação arqueológica das Grutas Artificiais de Quinta do Anjo, do Castro de Chibanes e do Castelo de Palmela.
Durante os últimos vinte anos, a investigação arqueológica desenvolvida no concelho de Palmela tem avançado em várias áreas: a escavação (associada a projetos de investigação ou a ações de salvamento e emergência), prospeção, acompanhamentos (arqueologia preventiva), a elaboração da Carta Arqueológica, com o estudo e o inventário sistemático de sítios e materiais, o restauro, a conservação, a valorização e a divulgação do património, traduzindo atualmente as enormes potencialidades arqueológicas da região de Palmela, com especial enfoque para a Pré-História, a Proto-História e o Período Medieval.
Carta Arqueológica
Depois dos registos de campo de Marques da Costa e de outros arqueólogos, durante os finais do séc. XIX e a primeira metade do séc. XX, dos sítios identificados por C. Tavares da Silva e J. Soares nos anos 70-80, o primeiro levantamento sistemático de património arqueológico em território do concelho de Palmela foi levado a cabo em 1985, por Gustavo Marques, na freguesia da Marateca.
A partir de 1989, será o Serviço de Arqueologia da autarquia que assume a prospeção abrangente do território concelhio, com maiores avanços em 2005. Pontualmente, outros arqueólogos, inseridos em equipas de estudos de impacte ambiental ou a título particular, têm também identificado sítios e achados na região. Reconhecendo-se que um trabalho de inventariação e georreferenciação do património arqueológico nunca é um trabalho definitivo, ano após ano as prospeções têm oferecido novidades, revelando áreas de potencial riqueza em termos de vestígios da cultura material, que vão ajudando a definir a Carta Arqueológica do Concelho.
Hoje o património arqueológico assume-se como um recurso fundamental na gestão articulada do ordenamento do território e no desenvolvimento sustentado do concelho, um valor que importa salvaguardar, divulgar e disponibilizar à sociedade, um contributo indispensável para o entendimento da construção da identidade cultural de uma região.
Para consulta da Carta Arqueológica do Concelho de Palmela no site SIG da Câmara Municipal de Palmela clique aqui