Plano de Segurança da Água
Este projeto iniciado em 2017 e que se encontra em curso, promovido pela Associação Intermunicipal de Água da Região de Setúbal – AIA, desenvolveu-se num formato colaborativo, em que as entidades gestoras (municípios) participantes realizaram elas próprias o trabalho mediante uma programação comum, com o apoio técnico de consultadoria especializada.
A adesão ao projeto deveu-se à necessidade de os serviços municipais melhorarem o seu desempenho ao nível dos procedimentos para o controlo da qualidade do serviço e segurança da água e foi motivada também pelo facto de ter sido aprovada pela Comissão Europeia, em 06 de outubro 2015, a revisão da Diretiva da Qualidade da Água (Diretiva 98/83/EC do Conselho, de 3 de novembro). A fim de controlar os riscos para a saúde humana, esta revisão introduz a necessidade da adoção de uma abordagem de gestão do risco tal como definida nos planos de segurança da água desenvolvidos pela OMS (Guidelines for Drinking Water Quality) e na norma EN 15975 - Security of drinking water supply - Guidelines for risk and crisis management.
Esta abordagem permite avaliar o sistema de abastecimento de água para averiguar a sua capacidade na resposta a potenciais ameaças à segurança da água, situação que potencia a melhoria na qualidade da água, na saúde e na confiança do consumidor.
Os principais riscos teóricos identificados no SAA relacionam-se com perigo de contaminação com diversas origens ou deterioração da qualidade da água. Existem ainda riscos relativos a interrupções ao abastecimento. Verificou-se a necessidade de reforço dos procedimentos de monitorização dos sistemas e de melhoria contínua das boas práticas diárias. Em cada etapa do SAA foram identificados perigos e eventos perigosos bem como as medidas de controlo correspondentes. Cada uma destas medidas de controlo deverá ser monitorizada e a respetiva ação corretiva definida. Definiram-se ainda as responsabilidades de acordo com a etapa do SAA.
Foi ainda definida uma matriz de risco, bem como uma avaliação de risco para cada zona de abastecimento já com a aprovação da Autoridade de Saúde e da ERSAR.