CRJ apresenta “Uma Questão de Género – Mostra ODM, cenários de futuro” e Auditório Municipal exibe ciclo de cinema social
Com esta exposição - que aborda, entre outros temas, as migrações, igualdade de género e descriminação, mulheres imigrantes em Portugal, tráfico sexual feminino, violência doméstica, segurança alimentar, e saúde e maternidade - pretende-se alertar a população para as questões de género e a sua relação com o desenvolvimento ao nível global. A mostra é uma produção da Oikos – Cooperação e Desenvolvimento, com o apoio do Instituto Português de Apoio ao Desenvolvimento.
Paralelamente, o Auditório Municipal de Pinhal Novo acolhe o ciclo de cinema social “Terra de Todos” – Objetivos de Desenvolvimento para o Milénio, nos dias 10, 17, 24 e 31 de janeiro, às 21h30, um projeto desenvolvido entre a Oikos e três ONG parceiras em Espanha e Itália. “Sarayaku Kaparik, um grito pela dignidade”, do Equador, “Pantanal: as águas da vida”, do Uruguai (dia 10); “Aberto por falência”, da Argentina (dia 17); “Norró, História de uma Ablação”, da Etiópia (dia 24) e “A Missão”, de Israel e “FUCVAM”, do Uruguai (dia 31) são os documentários que integram este ciclo de cinema.
10 janeiro
"SARAYAKU KAPARIK, UM GRITO PELA DIGNIDADE”
Duração: 39’
País: Equador
Realizador: ASPA
Classificação: M/12
Público-alvo: Estudantes e Público em geral
Sinopse: O povo de Sarayaku (Equador), um exemplo de luta e resistência indígena contra as empresas petrolíferas. Sarayaku é uma comunidade indígena de origem Quechua, situada na Amazónia equatoriana. A comunidade de Sarayaku é proprietária ancestral deste território, além de que, desde 1992 gozam de títulos de propriedade, dando-lhe toda a legitimidade de proprietária. Contudo, o estado equatoriano tem favorecido e protegido, através de diferentes mecanismos, as empresas petrolíferas, defendendo que o desenvolvimento do país passa necessariamente pela destruição absoluta da Amazónia.
“PANTANAL: as águas da vida”
Duração: 56’’
País: Uruguai
Realizador: Hilary Sandison
Classificação: M/12 anos
Público-alvo: Estudantes, Ambientalistas e Público em geral
Sinopse: Um olhar crítico ao projeto Hidrovía Paraguai-Paraná, realizado por Hilary Sandison. Quarenta milhões de seres humanos e inúmeras espécies de flora e fauna dependem destes rios. Os governos dos cinco países da Cuenca (Brasil, Paraguai, Bolívia, Argentina e Uruguai) estão a promover um projeto que implica a modificação dos seus cursos de modo a permitir o transporte fluvial de cereais e outras matérias primas do coração do continente até aos mercados do primeiro mundo. Este documentário segue o trajeto da projetada Hidrovía, desde a nascente do rio Paraguai no Mato Grosso até Nueva Palmira no Uruguai, onde o rio Paraná se junta ao Rio da Prata, através de um percurso de beleza natural e cultural exuberante registada pela fotografia do francês Claude Frison.
17 de janeiro – “ABERTO POR FALÊNCIA”
Duração: 53’
País: Argentina
Realizador: Carlos Castro
Classificação: M/16
Público-alvo: Sindicalistas, estudantes e Público em geral
Sinopse: Documentário que põe a público a luta daqueles que resistem à perda da dignidade do trabalho. As tensões, os lucros e o significado da recuperação de fábricas pelos seus trabalhadores.
24 de janeiro – “ NORRÓ, HISTÓRIA DE UMA ABLAÇÃO”
Duração: 56’
País: Etiópia
Realizador: Pere Herms/ Marcel Brau
Classificação: M/16
Público-alvo: Estudantes e público em geral
Sinopse: Este documentário explica a história de Norró e Nohode, duas irmãs Dassanetch que foram submetidas à ablação. Com elas e com a sua família convivemos nos dias anteriores à celebração deste ritual. Através das suas palavras e dos seus gestos, soubemos o que pensam e porque é que se pratica esta tradição tão arreigada na sua cultura.
31 de janeiro – “A MISSÃO”
Duração: 42’
País: Israel
Realizador: Shiri Wilk
Classificação: M/16
Público-alvo: Publico em geral
Sinopse: Israel, Abril 2004. Um grupo da União de Ativistas visita Israel respondendo ao convite do Workers Advice Center (WAC). Pretende estudar a situação dos trabalhadores árabes provenientes dos territórios ocupados, cidadãos árabes de Israel assim como os trabalhadores imigrantes. O sistema de estudo empregue pressupõe uma viagem ao centro de trabalho, reuniões com especialistas e altos cargos da empresa e, sobretudo, entrevistar pessoas relacionadas mas centrando-se em especial nos trabalhadores. A delegação enviada a Israel revela-nos - numa sucursal a este do Médio Oriente, um lugar onde tudo é excessivo e extremo - ocupação, globalização, exploração, racismo e relações laborais totalmente viciadas pelo ambiente de trabalho. Um microcosmos de como o capitalismo afeta o mundo.
"FUCVAM”
Duração: 25’
País: Uruguai
Realizador: Víctor Burgos Barreiro
Classificação: M/16
Público-alvo: Público em geral
Sinopse: Conta-se a história da luta do movimento cooperativo de habitação através da ajuda mútua no Uruguai. Tem por base a propriedade coletiva, a autogestão e a ajuda mútua no Uruguai. Os trabalhadores organizados construíram uma experiência organizativa que foi capaz de resistir à ditadura e ao modelo neoliberal. 15.000 famílias vivem em bairros cooperativos, auto construídos e autogeridos. Desde há 35 anos que a organização FUCVAM trabalha em toda a América Latina apoiando projetos autogeridos de construção social de um habitat solidário que transcende a habitação.