Se Perguntarem por Mim, Não Estou
Para assistir à peça, com entrada de três euros, os interessados deverão fazer reservas através dos telefones 966 564 933, 212 897 280 ou 918 837 551.
Em Novembro, nos dias 20 e 21 Novembro, às 21h30, “Se Perguntarem por Mim, Não Estou” vai estar no Auditório dos Bombeiros de Pinhal Novo.
Sinopse
«…os morcegos têm má visão e andam sempre a entrar onde não devem! Uma noite, um morcego entrou na cova de uma doninha que era uma grande comedora de ratos. E vai a doninha e diz-lhe: «Que bom, olha um rato, vou comê-lo.» E o morcego respondeu: «Não vês que tenho asas? Onde é que tu viste um rato com asas? Eu não sou um rato, sou um pássaro!» E a doninha, que não gostava de pássaros, deixou-o ir embora. Mas o morcego, atarantado, foi ter a um buraco de árvore em que havia um gavião. O gavião adorava pássaros, e diz: «Olha que boa coisa, um passarinho que vem mesmo a calhar!» Mas o morcego respondeu-lhe: «Essa é boa! Passarinho, eu? Repara neste pêlo, tão liso e tão macio! Onde é que tu vês as penas?» O gavião disse: «É verdade que não, não tem penas…não é um pássaro.» «É evidente que não, respondeu o morcego, eu sou um rato.» «Bah, detesto ratos», respondeu o gavião. E deixou o morcego ir-se embora. Eu sou assim: numas circunstâncias sou uma coisa; noutras, sou outra… Assim tenho evitado chatices. Enfim…algumas…»
Mas…Não…Enfim…
Os ruídos que nos entorpecem, os pequenos ruídos, insidiosos, profundos e sinistros que inconscientemente nos embalam; as grandes e minúsculas vontades, censuradas, que se vão adiando; as presentes horas massacradas por negações contínuas e os futuros incertos relativos e sempre hipotéticos que nos agonizam; os medos que se avolumam e distorcem os sons da essência, carregam rugidos crescentes, indefinidos e desumanos que secam as nossas emoções límpidas.
Mas…Não…Digamo-lo…Sempre.