Greve na AMARSUL condiciona recolha de lixo no concelho de Palmela
A Câmara Municipal de Palmela reforçará a recolha nos dias que antecedem e que se seguem à greve. No entanto, para prevenir acumulação de resíduos junto aos contentores nas datas do protesto, apela-se às/aos Munícipes que evitem, tanto quanto possível, depositar lixo nesse período e, em caso de necessidade, procedam à deposição responsável, em sacos bem fechados.
É de sublinhar que Palmela e demais municípios acionistas da AMARSUL manifestaram, já, a sua posição contra a privatização dos serviços públicos de resíduos e, em particular, contra a privatização da EGF, solidarizando-se com a luta dos trabalhadores da AMARSUL.
Para poderem garantir Fundos Comunitários para o financiamento de investimentos necessários ao tratamento dos resíduos urbanos, os Municípios foram levados, em 1997, a consentir que a valorização e o tratamento de resíduos sólidos urbanos fossem assegurados através da criação de uma empresa de capitais 100% públicos - a AMARSUL - na qual o Estado é o acionista maioritário através da empresa pública EGF, Empresa Geral de Fomento. É esta empresa que o Governo pretende, agora, vender a privados, colocando em causa a própria subsistência da AMARSUL e das empresas similares, criadas um pouco por todo o país. Esta intenção subverte e contraria as condições que levaram os Municípios da Península de Setúbal a participar no capital social 100% público da AMARSUL, e transforma o serviço público de gestão e tratamento de resíduos urbanos num negócio que apenas visa o lucro, com inevitáveis aumentos de tarifas e graves prejuízos para os trabalhadores da própria empresa, para as populações, para a região e para o país.