Criação de Passe Social e da empresa Transportes Metropolitanos de Lisboa revoluciona mobilidade na AML
A criação da Empresa Transportes Metropolitanos de Lisboa e da Marca Carris Metropolitana e a aprovação do cofinanciamento que vai permitir o Passe Social a 30 e 40 euros, válido para todos os modos de transporte na AML, são as grandes novidades que resultam da reunião do Conselho Metropolitano de Lisboa, realizada quinta-feira. A comparticipação do Município de Palmela neste passe e no reforço do serviço de transporte rodoviário será de 1.256.620 euros anuais, contribuindo para aquilo que o Presidente Álvaro Amaro considerou como uma «uma autêntica revolução em matéria de mobilidade e coesão territorial».
Os 18 municípios que integram o Conselho Metropolitano de Lisboa aprovaram, de forma unânime, mandatar a Comissão Executiva para a Criação da Empresa TML - Transportes Metropolitanos de Lisboa, que disponibilizará uma plataforma tecnológica de bilhética comum a todos os operadores de transportes e mobilidade e procurará expandir a oferta a novos mercados e canais de distribuição. Aprovaram, também, a criação da marca Carris Metropolitana de Lisboa para utilização exclusiva dos serviços públicos de transporte rodoviário de passageiros de âmbito municipal e intermunicipal da AML.
Nesta reunião foi, ainda, definido o cofinanciamento do Sistema de Transportes pelos municípios delegantes e não delegantes das funções de Autoridade de Transportes na AML, num valor global de 31.225.000 euros, solicitando-se ao Governo a estabilização deste montante em instrumentos legislativos próprios, para 2020 e anos seguintes.
O Município de Palmela tem estado fortemente empenhado neste processo já que, pelas suas características próprias – a maior extensão da AML, com 465 quilómetros quadrados e povoamento disperso – tem sido dos mais penalizados com uma maior ausência de respostas de transportes e de respeito pelos níveis mínimos de cobertura.
Espera-se, com este pacote de medidas, que implica um forte investimento dos municípios, fortes vantagens para as populações, a nível económico e, a médio prazo, com um aumento da oferta de respostas, mas também, para os territórios, com ganhos ambientais e de ordenamento, por via da redução das viaturas nas cidades e nas estradas.