Plano Metropolitano de Adaptação às Alterações Climáticas: Agentes locais de Palmela envolvidos na reflexão e construção
Palmela acolheu, no dia 3 de dezembro, um workshop local sobre o Plano Metropolitano de Adaptação às Alterações Climáticas (PMAAC). A iniciativa foi bastante participada, envolvendo, além de eleitas/os, dirigentes e técnicas/os do Município, um conjunto de entidades com responsabilidades nas áreas da segurança e saúde, empresárias/os e outros agentes locais.
O PMAAC está a ser desenvolvido pela Área Metropolitana de Lisboa, com a participação ativa dos municípios, e visa conhecer a situação atual, perspetivar a evolução face às alterações climáticas, identificar os principais riscos e vulnerabilidades numa região muito diversificada e populosa e traçar estratégias de prevenção, combate e resposta. Os atuais cenários apontam para um aumento de 1,5º na temperatura até 2100 se forem cumpridas as metas definidas para a descarbonização, o que, mesmo assim, terá efeitos preocupantes ao nível do clima e do aumento do nível da água do mar. No entanto, se os comportamentos se mantiverem, o aumento poderá ser entre os 4º e os 6º.
Palmela é o território mais extenso da AML (cerca de metade é composto por áreas sensíveis – Parque Natural da Arrábida, Reserva Natural do Estuário do Sado, Reserva Ecológica Nacional, Reserva Agrícola Nacional e um dos maiores aquíferos do mundo) e o Município tem vindo a assumir as suas responsabilidades na preservação da natureza e na promoção da sustentabilidade ambiental, em áreas como o planeamento e gestão do território, economia, águas e resíduos, transportes, energia, obras e educação/sensibilização ambiental. São exemplo projetos como o Eco Famílias e o Eco Empresas, o Plano de Ação para a Energia Sustentável de Palmela, o incentivo à utilização do transporte público, o investimento nas redes cicláveis e percursos pedonais acessíveis e obras de grande importância para a qualificação ambiental, como a consolidação das encostas do Castelo de Palmela ou a regularização da Ribeira da Salgueirinha. É, contudo, indispensável que também o Estado, as famílias, as instituições locais e nacionais se envolvam neste esforço, em prol de um futuro mais equilibrado, em harmonia com o planeta.
O PMAAC deve estar concluído no verão de 2019, estando, também, prevista a construção de um site e a elaboração de Planos Municipais de Riscos e Vulnerabilidades Climáticas.