Município de Palmela associa-se ao pesar nacional pelo falecimento de Agustina Bessa-Luís
A Câmara Municipal de Palmela aprovou, por unanimidade, na reunião pública de 5 de junho, um Voto de Pesar, apresentado pela bancada do PS, pelo falecimento de Agustina Bessa- Luís.
Transcreve-se, abaixo, o texto integral do Voto de Pesar:
«Maria Agustina Ferreira Teixeira Bessa-Luís nasceu em Vila Meã, Amarante, a 15 de Outubro de 1922.
A infância e a adolescência da escritora serão passadas nesta região, que marcará fortemente a sua obra. Estreia-se como romancista em 1948, com a novela Mundo Fechado, mas é em 1954, com o romance A Sibila, desde então sucessivamente reeditado, que se impõe como uma das vozes mais importantes (uma voz “incomparável”, como dirá o ensaísta Eduardo Lourenço) da ficção portuguesa contemporânea.
Agustina Bessa-Luís morreu esta segunda-feira de madrugada, aos 96 anos, na sua casa do Porto.
Com o seu desaparecimento, as Letras portuguesas perdem um dos seus grandes expoentes, que figurará por direito próprio entre os grandes escritores portugueses de todos os tempos.
Escritora extraordinária, romancista de exceção, Agustina era uma atentíssima e mordaz observadora da nossa sociedade e de uma maneira muito portuguesa de estar no mundo.
O seu legado, além de um verdadeiro manual de bem tratar a nossa Língua, na linha de um Camilo, constitui um notável acervo de obras que é importante que sejam lidas por todas as gerações, atuais e futuras. Essa será mesmo a melhor homenagem que os portugueses podem fazer à vida e à obra de Agustina Bessa Luís.
Reunida a 5 de junho de 2019, na Biblioteca Municipal de Palmela, a Câmara Municipal de Palmela, apresenta as suas mais sentidas condolências, em particular à sua família e amigos e associa-se ao pesar nacional que o falecimento de Agustina Bessa Luís não pode deixar de provocar, tratando-se de um dos maiores vultos da Cultura portuguesa».