Comunicado sobre a alegada falta de água em bocas e marcos de incêndio
Na sequência das afirmações sobre alegada falta de água para o combate ao incêndio que deflagrou em Palmela, no dia 13 de julho, veiculadas em órgãos de comunicação social e na reunião pública quinzenal da Câmara Municipal de Palmela, cumpre à autarquia, após apuramento dos factos e as devidas peritagens técnicas, prestar o seguinte esclarecimento:
1. Assim que foi dado o alerta de incêndio, os serviços municipais providenciaram o funcionamento dos equipamentos elevatórios (furos de captação e estações elevatórias) em modo manual, para garantir o funcionamento permanente das bombas e disponibilidade de água para o combate ao incêndio;
2. Às 13:46, o disparo de uma linha de média tensão, reportado pela E-redes, em resultado do incêndio, afetou a alimentação elétrica do sistema municipal de bombagem de águas, do Reservatório do Olho de Água para os restantes reservatórios da Vila de Palmela. Em contacto com a empresa, a autarquia foi informada que todos os operacionais estavam no terreno para reparar o problema. O restabelecimento de energia verificou-se às 16h04, retomando-se a bombagem;
3. Durante a falha de energia, os níveis de água nos reservatórios não estiveram comprometidos, embora com normais abaixamentos de nível e de pressão nestas circunstâncias. Ainda assim, o Posto de Comando Operacional foi informado da possibilidade de, se necessário, recorrer a pontos alternativos de abastecimento de água, nomeadamente, na Lagoinha e nas Marquesas;
4. Durante toda a noite de 13 para 14 de julho, os serviços municipais mantiveram vigilância apertada aos reservatórios da SAPEC e da Quinta da Glória, bem como em Quinta do Anjo, garantindo a permanente disponibilidade de água nos reservatórios e a utilização dos marcos de incêndio ;
5. Durante o incêndio, nem o Serviço Municipal de Proteção Civil, nem o Comandante das Operações de Socorro, nem o Comando Distrital de Operações de Socorro de Setúbal receberam qualquer alerta de falhas no abastecimento ou para a necessidade de se verificar a operacionalidade das bocas e marcos de incêndio. Esta informação foi, já, corroborada, publicamente, pelo Sr. Presidente da Associação dos Bombeiros Voluntários de Palmela e pelo próprio Comandante dessa Associação. Os corpos de Bombeiros não reportaram falta de água para o combate ao incêndio e houve sempre viaturas de reserva com reabastecimento no teatro de operações.
6. No dia 21 de julho, na sequência das reclamações registadas no dia anterior, em reunião pública de Câmara, a Vereadora Fernanda Pésinho, responsável pelo setor das Águas, técnicos municipais e Serviço Municipal de Proteção Civil deslocaram-se à Rua Afonso de Albuquerque, em Palmela, e, em contacto com as/os moradoras/es, confirmaram que os marcos de incêndio existentes no local funcionavam convenientemente. A ferrugem que saiu com a água, aquando da sua abertura, indicia não terem sido utilizadas na semana anterior. Confirmou-se, também, a funcionalidade das bocas de incêndio da Quinta da Glória e dos Barris.
7. As bocas e marcos de incêndio não se destinam a utilização popular. A sua abertura é acionada com uma chave técnica, utilizada pelas corporações de bombeiros e agentes de proteção civil. A opção de utilizar e/ou abrir determinadas bocas ou marcos de incêndio em operações de apoio e combate a incêndios, é dos operacionais empenhados no teatro de operações;
8. A verificação do estado de funcionamento destes equipamentos é solicitada às Associações de Bombeiros do Concelho, que reportam ao Serviço Municipal de Proteção Civil as anomalias, que são oportunamente reparadas.
Considera-se assim devidamente esclarecida a situação e reafirma-se que Nunca houve falta de água para municiar os Bombeiros no combate ao Incêndio.
Palmela, 22 de julho de 2022.