“FoodLink”: Palmela na Rede para a Transição Alimentar da AML
O Município de Palmela subscreveu no dia 7 de junho, a Carta de Princípios e de Compromissos da “FoodLink”, Rede para a Transição Alimentar na Área Metropolitana de Lisboa (AML), que reúne 35 entidades públicas e privadas.
O Município de Palmela considera muito importante a sua participação nesta Rede, pela sua pertinência para a salvaguarda da soberania alimentar e resposta aos desafios ambientais e climáticos que se colocam, coletivamente, mas, também, pelo papel determinante que o concelho pode e deve assumir, enquanto coração agrícola da região. Este objetivo articula-se com outras vocações do território, devidamente identificadas no processo de revisão do Plano Diretor Municipal, em conclusão, nomeadamente, no campo da logística e distribuição. O trabalho realizado para que seja possível a instalação de um novo Mercado Abastecedor na zona de Pinhal Novo, que sirva a zona sul, é disso exemplo.
Os sistemas alimentares têm vindo a ganhar destaque na agenda pública internacional, como resposta ao contexto global de crise económica, climática, pandémica e geoestratégica, entre outras. Com a constituição da “FoodLink”, pretende-se contribuir para a criação de um sistema alimentar sustentável, resiliente e economicamente dinâmico, através do desenvolvimento de Agroparques. O projeto incubou entre 2019 e 2021 e está, hoje, pronto a dar um novo passo. A criação desta plataforma colaborativa assenta em objetivos muito concretos, ao nível da sustentabilidade e defesa da biodiversidade, da mitigação das alterações climáticas, da promoção de emprego e equidade social e da salvaguarda da Dieta Mediterrânica (enquanto promotora de uma alimentação saudável e inclusiva, com base nos produtos endógenos, e parte integrante do património e identidade nacionais).
Pretende-se que, até 2030, cerca de 15% do aprovisionamento alimentar da AML possa ser assegurado através de modos de produção sustentáveis e com recurso a soluções inovadoras, quer no que respeita à gestão da água, conservação dos solos e utilização de fitofármacos, quer no que se refere a redes de distribuição de proximidade.
Entre as diversas ações que constam na Carta de Compromissos, sublinha-se, no arranque, a definição de uma estratégia comum de planeamento e gestão do sistema alimentar metropolitano, a implementação de um programa de formação, capacitação e educação em literacia alimentar, e a criação de uma marca própria para os produtos “FoodLink” à escala regional.