PLAAC-Arrábida: 2.º Workshop promoveu partilha entre agentes locais
O segundo Workshop do projeto PLAAC-Arrábida - Planos Locais de Adaptação às Alterações Climáticas da Arrábida decorreu no dia 6 de abril, no Pavilhão do Parque Mário Bento, em Poceirão, e foi dedicado aos perigos climáticos previstos no concelho de Palmela. A iniciativa contou com a participação de cerca de três dezenas de agentes socioeconómicos, educativos e culturais locais, bem como técnicas/os municipais e de organizações não governamentais e governamentais, que fazem parte da rede local de adaptação, em consolidação, entre os quais a Presidente da União das Freguesias de Poceirão e Marateca, Cecília Sousa, e o Presidente da Junta de Freguesia de Pinhal Novo, Carlos Almeida.
O Presidente da Câmara Municipal de Palmela, Álvaro Balseiro Amaro, que deu as boas-vindas às/aos participantes, destacou que «é importante realizar estas sessões de forma descentralizada». «O PLAAC-Arrábida tem que ser um plano participado, ativo, em que toda a comunidade de concelho se reveja», sublinhou.
A ideia foi reforçada pela Vereadora da área do Ambiente, Fernanda Pésinho, a quem coube o encerramento do Workshop. «O compromisso é de todos. A ação não se restringe só a políticos e entidades públicas, mas à sociedade em geral», porque «todos temos um papel preponderante na alteração dos nossos hábitos», realçou. Por isso, deixou o convite à participação nas sessões seguintes, que culminarão na elaboração participada do PLAAC de Palmela.
Sessão foi dedicada aos perigos climáticos
Ao longo da manhã, a FCT - Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa e o IGOT - Instituto de Geografia e Ordenamento do Território da Universidade de Lisboa dinamizaram atividades participativas, com vista à avaliação da perceção das/os participantes sobre os perigos climáticos e sua distribuição pelo território do concelho.
Divididas/os em pequenos grupos, as/os participantes foram desafiadas/os a identificar no mapa do concelho as zonas que consideram serem mais afetadas pelos vários perigos climáticos (incêndios rurais/florestais, erosão hídrica do solo, instabilidade de vertentes, inundações fluviais e estuarinas, calor excessivo, secas e tempestades de vento) e a partilharem as conclusões com todas/os as/os presentes.
O Professor José Luís Zêzere apresentou depois os resultados da cenarização realizada pelo IGOT, destacando como perigos climáticos futuros mais relevantes para Palmela os incêndios rurais/florestais, o calor excessivo, a seca meteorológica e as inundações fluviais por cheias rápidas.
Recorde-se que, no âmbito deste projeto, os três Municípios que integram o Território Arrábida (Palmela, Setúbal e Sesimbra) estão a elaborar planos de adaptação climática à escala local. O PLAAC-Arrábida é coordenado pela ENA - Agência de Energia e Ambiente da Arrábida, com as parcerias dos três Municípios, da FCT e do IGOT. Com um orçamento global de cerca de 165.000€, é financiado em 90% através do Programa Ambiente, Alterações Climáticas e Economia de Baixo Carbono do Mecanismo Financeiro EEA Grants.