Intervenção nas encostas do Castelo de Palmela já está no terreno
A empreitada “Intervenção de natureza estrutural para evitar derrocadas nas encostas do Castelo de Palmela” teve início na dia 18 de outubro. O arranque das obras foi assinalado com uma cerimónia realizada no Miradouro do Castelo, durante a qual o Presidente do Município, Álvaro Balseiro Amaro, e o Subdiretor Geral do Tesouro e Finanças, Miguel Santos, descerraram, de forma simbólica, uma placa junto à primeira árvore plantada nas encontas.
Esta intervenção vai decorrer até ao final de maio de 2019, com três zonas a serem intervencionadas em simultâneo. O valor global é de mais de 2,9 milhões de euros, sendo cofinanciada em 85% pelo POSEUR - Programa Operacional da Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos, no quadro do Portugal 2020, através da PI 5.2. (Promoção de investimentos para abordar riscos específicos, assegurar a capacidade de resistência às catástrofes e desenvolver sistemas de gestão de catástrofes). Os restantes 15% serão assegurados pela DGTF - Direção Geral do Tesouro e Finanças.
«Foram três anos de trabalho árduo e intenso, para chegarmos a este ato simbólico do lançamento de uma obra que queremos que corra muito bem», realçou Álvaro Balseiro Amaro durante a cerimónia, que contou também com a presença de representantes da Enatur, da Direção Geral do Património Cultural, da empresa que vai realizar a intervenção, das equipas técnicas, autarcas, entre outras individualidades.
Dado o vasto número de parceiros envolvidos, o Presidente do Município acredita que a obra será «um exemplo ao nível da articulação fluida e cooperante entre as várias partes interessadas e os intervenientes mais diretos na operação». Álvaro Balseiro Amaro sublinhou que esta será uma «intervenção muito complexa», que «vai ser um estudo de caso», garantindo que o objetivo é que seja «o menos intrusiva na paisagem», em termos ambientais, e que «não prejudique a visitação, o interesse e a atratividade deste monumento único».
Este é o segundo castelo em processo de intervenção a nível nacional e o Subdiretor Geral do Tesouro e Finanças espera «que este seja um bom exemplo do trabalho a realizar no futuro» nesta matéria.
Os problemas de estabilidade das encostas do Castelo de Palmea remontam há várias décadas e, desde sempre, o Município procurou alertar as várias entidades para a situação, intervencionando o que estava ao seu alcance. Em 2014, foi criado um grupo de trabalho, que se foi alargando e que conseguiu, junto da Tutela, assegurar a criação, no âmbito do POSEUR, de um programa específico, que permitiu a Palmela, Setúbal e Vila Nova de Gaia terem concursos abertos exclusivamente para si. Dada a complexidade da operação, foi necessário proceder a diversos estudos técnicos, para além do projeto de execução, atrasando a intervenção prevista e aumentando o seu valor global elegível. Estas alterações foram alvo de um pedido de reprogramação junto do programa operacional.