Pino do Verão na encosta do Castelo de PalmelaCentenas de artistas participam na abertura do FIAR XI
No miradouro, com vista para a Arrábida, o público terá oportunidade de assistir à acção que se desenrola no palco improvável, proporcionado pela encosta do Castelo, onde várias centenas de participantes das bandas filarmónicas e coros locais – Sociedade Filarmónica Palmelense "Loureiros", Sociedade Filarmónica Humanitária, Sociedade Filarmónica União Agrícola e Sociedade de Instrução Musical de Quinta do Anjo - actores e cantores líricos prestam homenagem ao ponto mais alto do Verão.
João Brites é responsável pela dramaturgia, encenação e espaço cénico deste evento comunitário de grande impacto cénico e carácter sazonal, que alia teatro, canto e música à poesia de Eugénio de Andrade. O Maestro Jorge Salgueiro assume a composição e direcção musical.
A Palmeloa – «figura mater de Palmela, Deusa-Mãe, altiva, forte e geradora de paixões carnais, de cujo ventre brotam os elementos Água, Ar, Terra e Fogo» - é a personagem principal do espectáculo. Juntam-se-lhe o Senhor de Branco, que conduz os povos na busca de felicidade; os Mordomos da Festa, filhos da Palmeloa, que garantem que o julgamento se realiza todos os anos; os Vassoureiros, filhos dos Mordomos, que guardam o jazigo; os diabretes, representação sarcástica dos povos oprimidos, que aguardam o julgamento anual nesta noite mágica. O misticismo enquadra esta reflexão sobre o estado do mundo, em jeito de balanço anual.
O conceito nasceu há vários anos, no âmbito do FIAR, e é uma criação do Teatro O Bando, co-organizada pela Câmara Municipal de Palmela e pelo FIAR – Centro de Artes de Rua.
É aconselhável que os espectadores se façam acompanhar de lanterna, cadeira e manta.