Regularização da Ribeira da Salgueirinha: Município acompanha ocorrências e garante segurança dos atravessamentos
As fortes chuvadas do passado fim-de-semana, que condicionaram a empreitada de regularização da Ribeira da Salgueirinha, em Pinhal Novo, não tiveram consequências graves. No entanto, verificou-se o arrastamento de terras e outros inertes no atravessamento que está a ser construído na Rua da Lagoa da Palha, provocando a interdição de circulação num pequeno troço, para garantia de segurança.
Houve, ainda, a quebra de um coletor da Simarsul, que já foi reparado. O Município acompanhou a ocorrência e adotou medidas para garantir a segurança de pessoas e bens e a reposição das condições iniciais.
No atravessamento da Estrada Nacional 252 verificou-se algum assoreamento na passagem hidráulica em construção, que está a ser removido. Registou-se, ainda, arrastamento de vegetação, no traçado e atravessamento antigos, que ainda não foram desativados, na sequência das chuvas, mas sem consequências de maior. Os serviços municipais procederam à desobstrução, limpeza e acompanhamento da situação.
O novo atravessamento na Estrada Nacional 252 tem como objetivo evitar a concentração de água e inundações, que ocorrem sempre em situações de grande pluviosidade, as quais tendem a agravar-se devido às alterações climáticas. Esta obra vai garantir a segurança de pessoas e bens – moradoras/es, empresas e utilizadores daquela via.
Condicionantes ao normal desenvolvimento dos trabalhos
A Regularização da Ribeira da Salgueirinha é uma obra pública muito impactante, de grandes dimensões mas de uma enorme valia ambiental.
Registam-se problemas pontuais com a empreitada, comuns a todas as obras, públicas e privadas, no país, nomeadamente, falta de mão-de-obra especializada, agravada pela crise pandémica.
Por outro lado, a empresa Infraestruturas de Portugal (IP) não aprovou a solução pré fabricada para o local, mantendo-se a construção in situ, mais demorada.
Recorde-se que o atravessamento em causa deveria ter sido feito pela IP. No entanto, o Município concordou fazer a obra, cujo projeto de construção se baseou na solução do antigo INAAG e na solução da IP. Já em obra, o empreiteiro propôs, em novembro de 2020, alterar a metodologia para pré-fabricado, para que o tempo de interrupção da estrada fosse menor. Apesar dos técnicos da IP preferirem essa metodologia, em fevereiro ainda não tinham aprovado nada, tendo sido necessário voltar à solução inicial.
Mesmo esta solução levou um tempo inusitado entre aprovação de cada um dos materiais, aprovação do plano de sinalização e emissão de licenças – cerca de 3 meses, entre abril e julho – impedindo a utilização do período do verão, como menos tráfego e menos incómodos para as pessoas.
A forte dependência de outras entidades é mais uma condicionante desta obra, que se confronta com os problemas nacionais de falta de cadastros, nomeadamente, ao nível de cabos elétricos de média tensão, infraestruturas de comunicação e outras, obrigando a inúmeras diligências para que as entidades proprietárias procedam aos desvios e operações de segurança.
A obra de regularização da Ribeira tem 12 passagens hidráulicas, vários métodos construtivos, em terreno natural e acompanhamento arqueológico. Decorre em várias frentes, em simultâneo, e acompanha os ciclos naturais da fauna e da flora.
O Município lamenta todos os incómodos causados e continuará a agir no sentido de acelerar os trabalhos, procurando respeitar as várias fases de execução, para garantia da segurança.
A operação Regularização da Ribeira da Salgueirinha - Troço de Pinhal Novo foi candidatada ao Fundo de Proteção de Recursos Hídricos, gerido pela Agência Portuguesa do Ambiente.