Curso sobre Fortificações Romanas assinalou Dia dos Castelos
O Curso “Fortificações Romanas na Lusitânia”, organizado pela Câmara Municipal de Palmela, em parceria com a UNIARQ - Centro de Arqueologia da Faculdade de Letras da Universidade Nova de Lisboa, para assinalar o Dia Nacional dos Castelos (7 de outubro), juntou mais de 80 participantes, no último sábado, dia 17, no Cineteatro S. João, em Palmela.
O Curso foi ministrado pelo Professor Doutor Carlos Fabião, da UNIARQ, que conta com um vasto currículo nesta área e é o atual diretor científico do programa de estudo, conservação e valorização da cidade romana de Ammaia (Marvão). O especialista orientou as/os participantes numa viagem de descoberta e memória do Império Romano e da sua cultura militar e urbana, através de alguns dos vestígios mais marcantes da presença romana em terras da Lusitânia. «A abordagem científica das fortificações romanas é pouco conhecida, mas determinante para melhor se compreender a romanização e a evolução da arquitetura militar», realçou o Presidente do Município, Álvaro Balseiro Amaro, na sessão de abertura.
Integrada no Curso está ainda uma Visita de Estudo orientada a Conímbriga, que se vai realizar em data a anunciar, quando o controlo da situação pandémica o permitir.
Através do GEsOS - Gabinete de Estudos sobre a Ordem de Santigo e do Museu Municipal, são várias as iniciativas que a Autarquia tem vindo a desenvolver para promover o conhecimento da arquitetura militar de épocas distintas, como os Simpósios sobre Castelos, o Encontro sobre Castelos das Ordens Militares ou várias exposições e publicações sobre esta área.
Este ano, para além do Curso, o Dia dos Castelos foi também assinalado no próprio dia 7, na Igreja de Santiago, com o encontro “Castelo de Palmela, uma fortificação com 1.300 anos”. Na ocasião, as/os arqueólogas/os do Município partilharam com a comunidade o conhecimento mais recente, obtido a partir de trabalhos arqueológicos no monumento: novos vestígios de ocupação e a existência de diversos silos árabes na encosta sul do edifício, bem como a confirmação da utilização do adro da Igreja de Santa Maria do Castelo como necrópole para a população da vila.
Estes trabalhos decorreram no âmbito de duas empreitadas em curso para beneficiação do Castelo, também apresentadas: a “Intervenção de natureza estrutural para evitar derrocadas nas encostas do Castelo de Palmela” e a ação “CAFA - Castelos e Fortalezas da Arrábida”, ao abrigo da qual a Autarquia está a tornar o Castelo acessível e preparado para receber qualquer visitante.
«O Município está profundamente consciente da importância do monumento militar que se encontra sob a sua gestão, e que pretendemos vivo, dinâmico e parte integrante do quotidiano da comunidade», sublinhou o Presidente.
A Câmara Municipal faz questão de manter viva a atividade cultural e isso tem sido possível no estrito cumprimento das normas de segurança e prevenção. Para os dias 3 a 5 de dezembro, estão já agendadas as Jornadas Internacionais “Amanhar a Terra - Arqueologia da Agricultura (do Neolítico ao Período Medieval)”, com inscrições em breve.