Centro Internacional do Audiovisual - Palmela abre novo vetor de desenvolvimento no concelho

O Centro, apresentado na ocasião, vai ficar instalado no Vale do Alecrim (freguesia de Palmela). A desenvolver em três fases, ao longo dos próximos anos (a primeira até 2025), o projeto representa, só na primeira fase, um investimento de 175 milhões de euros. O Centro será um espaço de produção de conteúdos audiovisuais à escala internacional, alojando todas as valências necessárias para a produção desses conteúdos e pretendendo-se que seja reconhecido como um centro de excelência.

Estima-se que venha a criar 500 postos de trabalho na área da construção em cada fase, 700 postos de trabalho diretos na primeira fase (na soma das três, serão mais de 2.000) e 1.100 postos de trabalho indiretos nesta fase inicial (mais de 3.000 na soma das três), sem esquecer a atração de emprego em áreas complementares, como o turismo, o merchandising, a promoção ou o comércio.

Serão também promovidos programas de estágio e, na segunda fase, um Centro Educativo, em áreas tão diversificadas como a formação de atores, realização, caracterização e guarda-roupa, robótica e efeitos especiais, cenarização e infraestruturas, som, iluminação ou fotografia.
O projeto está a ser desenvolvido por uma equipa multidisciplinar, formada pelas empresas Deloitte, Vieira de Almeida, Sociedade de Advogados, Dubuisson Architecture e Quadrante. Uma das principais preocupações que estão a ser tidas em conta é a sustentabilidade (pretende-se obter as certificações internacionais BREEAM e BiodiverCity), pretendendo-se também que o projeto seja icónico e inspirado em manifestações da identidade local e nacional.

Promotor encontrou em Palmela «localização certa» para o projeto

O Presidente do Município, Álvaro Balseiro Amaro, não tem dúvidas de que o TAGE «abre, no nosso concelho e na região, um novo vetor de desenvolvimento que, bem vistas as coisas, beneficia já de um ecossistema acolhedor e aberto à cultura e às indústrias criativas, com experiência em bem acolher, boas acessibilidades, eficiência energética e centros de investigação».

«Não temos dúvidas de que será fortemente impactante em termos turísticos e culturais, atraindo públicos especializados e abrindo novas oportunidades de promoção e visibilidade, com reflexos que vão muito além do concelho e da Península de Setúbal», acredita. Álvaro Balseiro Amaro destacou também a importância do Centro nas áreas da educação e formação e o seu papel no incremento do emprego e da atividade económica local.
Para o Presidente, o TAGE representa «a concretização de mais uma vocação deste território e o início de uma nova página na sua história». A Estratégia Palmela 2030, que deu corpo às propostas que a Autarquia apresentou no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência e que serve de base ao conjunto de candidaturas que está já a preparar para o próximo quadro comunitário de apoio, tem como um dos objetivos, precisamente, consolidar o lugar do concelho de Palmela no quadro das Smart Cities.

«Ao fim de um longo caminho de três anos, encontrámos em Palmela a localização certa para o Centro. Logo na primeira reunião que tivemos com o Sr. Presidente, percebemos, com muita satisfação, que tínhamos encontrado os interlocutores certos, que tinham uma compreensão global do nosso projeto e uma visão clara sobre os impactos positivos que decorrerão, não só para Palmela, mas também para Portugal», realçou Claire Havet, em representação do promotor FreshWisdom, elogiando a «qualidade técnica das equipas municipais».

Claire Havet congratulou-se por ter encontrado na Câmara Municipal de Palmela as mesmas preocupações que a sua equipa tem «com o ambiente, a cultura e as comunidades locais, registando com muito apreço o espaço que foi dado pelo Município». «Estamos felizes, honrados e motivados para trabalhar com a equipa de Palmela», declarou, agradecendo a Álvaro Balseiro Amaro «por ter recebido o projeto com tanto entusiasmo e tê-lo tornado possível».